Depois de ter lido, há uns dois anos, “A Viúva Clicquot”, de Tilar Mazzeo, e adorado o estilo de narrativa da autora, estou devorando “O Segredo do Chanel N. 5”. Muito boa leitura, especialmente para quem, como eu, ama o número 5. Tenho essa paixão pelo número 5 desde pequena e, diga-se de passagem, essa afeição não tem nenhuma ligação com o perfume de Chanel. E também nunca teve nenhuma explicação racional. Porém, eis que lendo o livro, descobri uma série de significados atribuidos a esse número e começo a entender minha paixão, pois são coisas que realmente valorizo muito.
Tilar Mazzeo nos revela a história do perfume mais famoso do mundo e, conseqüentemente, de sua criadora. Para escrever seus livros, Mazzeo sempre realiza um vasto trabalho de pesquisa, o que torna a leitura ainda mais interessante. Apesar de nunca ter usado o perfume (e, sinceramente, pelo que me lembro de uma única ocasião em que experimentei cheirá-lo, não ter gostado muito da fragrância), a história é fascinante (e confesso que estou curioso para cheirá-lo novamente e conferir se a minha remota memória irá se confirmar). Mesmo que o Chanel n. 5 jamais ocupe a minha “penteadeira” (eu nem tenho uma penteadeira, mas vocês entenderam, não é mesmo?), é inegável o sucesso do perfume e o fascínio que ele provoca no imaginário das pessoas. Afinal, Marylin Monroe dormia vestida apenas com algumas gotas de Chanel n. 5!
O maridão assina Veja e, há algumas semanas, foi publicada uma reportagem que recomendava o livro “Podemos dizer adeus mais de uma vez”, do médico americano David Servan-Schreiber que descobriu um tumor agressivo no cérebro em 1992 e, desde então, lutava contra o câncer. Quando descobriu a doença, o prognóstico era de que possivelmente não viveria mais de seis meses. No entanto, Servan-Schreiber venceu muitas lutas contra a doença e se dedicou ao trabalho árduo de pesquisa pela cura do câncer, criando um programa anti-câncer que o ajudou a fortalecer o organismo e lhe deu uma longa sobrevida, vindo a falecer somente em julho deste ano.
“Podemos dizer adeus mais de uma vez” é uma espécie de despedida, uma reflexão sobre sua vida. Para mim, que recentemente vivenciei a primeira perda familiar e que nunca simpatizei com a idéia de que um dia todos vamos partir (apesar de me considerar kardecista… que contra-senso, não?), a reportagem marcou. E hoje, apesar de não ter terminado ainda a leitura do livro de Mazzeo, não resisti e comprei o livro de Servan-Schreiber que ficará na minha cabeceira à espera de sua vez.
Aliás, eu dentro de uma livraria, sou um perigo… Ainda mais que, atualmente, elas também vendem CDs, DVDs, revistas, itens de papelaria… Uma perdição! E não adianta: eu tenho vários livros esperando incansavelmente chegar a sua vez. Será que conseguirei ler todos? A vida é tão curta e o tempo passa tão depressa… Por isso mesmo, deveríamos viver constantemente em férias! Assim, eu poderia ler todos os livros, ver todos os filmes, ouvir todas as músicas e estar bastante tempo junto de todas as pessoas que eu amo! Ah, Mega Sena, vem para mim, vem!