quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Indescritível: Out of Context–For Pina

O espetáculo a que assisti hoje faz parte da programação do 18º Porto Alegre Em Cena e é absolutamente indescritível. Porém, vou tentar expressar em palavras um pouco do que senti presenciando tamanha beleza. Preciso dizer que o espetáculo me fez rir e também me levou às lágrimas e, por fim, saí do Teatro do Bourbon Country sem palavras.

Os bailarinos da companhia belga Les Ballets C de la B são muito competentes e talentosos. Técnica, expressão corporal, desenvoltura e presença de palco que merecem ser ovacionados.

Alain Platel, coreógrafo da companhia, presta homenagem à grande Pina Bausch. Eu diria que, em alguns momentos isolados da coreografia, sentimos e reconhecemos Pina, mas a homenagem reside na irreverência. Sim, irreverência é uma ótima palavra para esse espétaculo. E, para mim, a maior contribuição de Pina para a dança contemporânea é exatamente a irreverência. A irreverência pode ser leve e sutil ou visceral e tensa, mas sempre é bela.

Há pouco, li uma crítica que afirma que o espetáculo está descontextualizado da obra de Pina porque, nela, há suavidade e, na obra de Platel, há nervosismo. Eu, sinceramente, apesar de entender esse ponto de vista, não fiz essa leitura. Para mim, o espetáculo é visceral, explora a condição humana, a animaliza, e mesmo a banaliza (ou ridiculariza?).

Há momentos belíssimos na coreografia, momentos que podem ser traduzidos no reconhecimento da espécie humana, na identificação e aproximação entre as pessoas, no exibicionismo, na submissão, na euforia, na alienação, na solidão, no convulsionamento do mundo contemporâneo.

O espetáculo guarda muitas surpresas à platéia, algumas mais explícitas que outras, e também por isso merece elogios. Não caberia revelá-las, pois ainda resta uma apresentação a ser realizada amanhã.

Há muito tempo que um espetáculo de dança não me tocava tão fundo, embora eu tenha assistido a excelentes espetáculos. Há muito tempo, eu não vertia lágrimas na platéia de um espetáculo de dança. Para mim, vai ser difícil que outra atração do festival seja melhor que essa.

Platel conseguiu me convencer em sua homenagem à Pina, trouxe a força avassaladora de suas coreografias, a beleza crua das imagens e muita irreverência. Inovando, questionando, refletindo, em busca. Exatamente como Pina.

Arte em estado puro!

PS: Trilha sonora também merece elogios. Só ouvir Aisha – Khaled já vale a pena!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Beleza Bruta

Eu sempre fui fã de beleza real. Aquela coisa de beleza muito perfeitinha não é comigo. Por isso, Brad Pitts da vida não fazem muito o meu tipo. Gosto de homem com cara de homem, com mão de homem. Homem tem que ter uma coisa máscula, um quê de ogro (mas só uma pitada, viu).

Quando essa beleza por assim dizer bruta encontra inteligência e talento, então… Ultimamente, essa categoria anda muito bem representada pelo ator argentino Ricardo Darín. Eu já havia me encantado com ele no belíssimo O Filho da Noiva (El hijo de la novia), de 2001, mas ele me conquistou de vez em O Segredo dos seus Olhos (El secreto de sus ojos), de 2009. A partir daí, virei fã incondicional. Ele rouba a cena em todos os filmes em que atua, como em Abutres (Carancho), de 2010, e, é claro, no recente Um Conto Chinês (Un Cuento Chino).

ricardo_darin_biarritz

Ricardo Darín é um ator versátil, capaz de levar às lágrimas ou às gargalhadas com a mesma maestria. Para quem ainda não conhece o seu trabalho, recomendo assistir a seus filmes. O Filho da Noiva é de uma sutileza e beleza impressionantes. O Segredo dos Seus Olhos é simplesmente maravilhoso, uma bela história de amor. Abutres é muito interessante. E Um Conto Chinês é uma comédia deliciosa.

Quanto à mim, vou tratar de recuperar o tempo perdido assistindo aos demais trabalhos de Darín, pois ele começou bem jovem, trabalhando em televisão e atua no cinema desde 1979. Na minha lista de próximos trabalhados a serem conferidos estão: Luna de Avellaneda (2004) e La Señal (2007). Uma boa dica para este feriado!

 

PS: Ei, honey, antes que você fique com ciúmes… Não preciso nem dizer que você está no topo da minha lista, né? Love you!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Grande ironia

Vivemos na era da informação. A internet propaga a informação em alta velocidade e em banda larga. Twitter, Facebook – ferramentas que nos permitem ter voz, falar em alto e bom tom, expor nossas idéias, teses, teorias, filosofias (claro que tem muita bobagem por aí, mas tem muita coisa interessante também – como tudo no mundo, aliás).

No entanto, vejam só que ironia, tenho vivido diversas situações ultimamente que me fazem pensar em como seria bom ter um perfil fake nas redes sociais para poder dizer alguma coisas que não cairiam bem, ou melhor, que não seriam convenientes. Grande ironia, hein?

A promessa de liberdade de expressão total agora nos aprisiona e nos limita, na verdade, pois o que for postado na web permanecerá para sempre (assim como a palavra verbalmente proferida também nunca tem volta).

Por isso, eu continuo fã incondicional das metáforas. Sempre as amei e, agora, as amo mais ainda. Pena que nem todos as entendam. Porém, é sempre um alívio poder utilizar-se delas e, de alguma forma, dizer o que desejamos dizer (mas com elegância e um bom álibi!).

domingo, 4 de setembro de 2011

O amor engorda!

Fato: o amor engorda. Quando se está num relacionamento, os programas são geralmente jantar fora, ou fazer um jantar romântico em casa, passear na serra (que inclui também bons restaurantes), tomar um bom vinho, cinema com pipoca, namorar no sofá, namorar, namorar, namorar. Coisa bem boa! Porém, inevitavelmente, o ponteiro da balança sobe. Assim como ele desce quando a gente se separa ou está solteira (a gente, quando janta, come uma torrada, não é mesmo?). Pelo menos, foi o que aconteceu comigo nas duas vezes em que me separei. Como a separação não está nos meus planos, o negócio é aprender a conciliar o amor e a balança!

Depois de dois anos de muito amor, a balança e o espelho sentiram os efeitos de inúmeras incursões gastronômicas e taças de vinho. E os dois pombinhos estão bem mais pesados. Então, decidimos que é hora de mudar conceitos e hábitos. Adotaremos um estilo de vida mais saudável a partir de agora, incluindo a mudança de hábitos alimentares e o retorno à atividade física. Para mim, será como sair de um longo período de férias, pois eu já fui “rata de academia”, fazendo spinning de segunda a sábado (tempo em que podia me permitir excessos alimentares sem alterações na balança… tempo bom!), bem como já me alimentei corretamente por muito tempo. Logo, creio que vou me adaptar mais facilmente. É claro que não vou encarar o spinning enquanto não recuperar o fôlego; afinal, é muito tempo de sedentarismo.

Preciso dizer também que a culpa não é só do “libera geral” provocado pela felicidade extrema do amor. Trabalhar excessivamente também não ajuda nada. Onde está a energia para ir malhar depois de longas e exaustivas jornadas de trabalho? Essa também é uma postura que estou alterando (ou melhor, estou desacelerando), como já contei aqui.

Preciso dizer que sou sócia vitalícia do Vigilantes do Peso, pois certa feita emagreci 18 kg seguindo o programa e alcancei a minha meta, ficando mais sequinha do que quando era adolescente. Então, pretendo retomar o programa e colocar a teoria em prática. Sou fã do programa do Vigilantes por ser um programa de reeducação alimentar que não prevê nenhuma restrição e ensina que precisamos de um pouco de tudo. É matemática pura: consumir e gastar. Se gastarmos mais do que consumirmos, emagrecemos! E comendo de tudo, de forma correta.

Assim, vou encarar a mal fadada segunda-feira dando início às minhas resoluções de seguir um ritmo mais saudável e emagrecer! E o melhor: acompanhada pelo meu amado marido! Minha saúde, física e emocional, agradecem!

Minha meta: emagrecer 3 kg por mês até o final do ano! Torçam por mim!