Quero que saibas, meu amor
Que a tua voz tudo transforma
Quero que saibas, meu amor
Que a tua presença me aquece
Quero que saibas, meu amor
Que meu coração bate no teu compasso
Quero que saibas, meu amor
Que são apenas teus lábios que os meus procuram
Quero que saibas, meu amor
Que é somente teu toque que a minha pele reconhece
Quero que saibas, meu amor
Que é teu fogo que me incendeia
Quero que saibas, meu amor
Que meu corpo te pertence
Quero que saibas, meu amor
Que sou tua e serei a vida inteira

!!!!!!!!!!!!!!!

Afagos, fôlego, suspiros, respiração
O toque na pele, o corpo a tremer
Fogo, calor, suor e gemidos
Lábios úmidos e olhos cheios de querer
Gostos, cheiros, sentidos
O tempo e o espaço se perdem
Enquanto estamos entrelaçados
E tudo é pura inspiração
Enquanto somos amados

O gosto da tua saliva em minha boca
Teu cheiro invadindo minhas narinas
O calor que emanas a me aquecer
Teu olhar que se põe a me desejar
Mãos que fazem meu corpo responder
Tua voz me fazendo enlouquecer
Não há como fugir e nem pretendo
Só me resta sucumbir ao meu querer

Se há perigo por onde vamos
Não há como saber
Se eu fecho os olhos para não ver
Se eu finjo não escutar
É também o que estás a fazer
Até quando vamos suportar
Ou se vamos simplesmente esquecer
Não deve importar
Pois o que vale é viver

Saudades

Sinto saudades do que não tenho
Do que não tive
Do que não terei
Sinto saudades da menina que não fui
Da mulher que não me tornei
Sinto saudades do que não conheci
Das coisas que não vi
Daquilo que não senti
Sinto saudades do que poderia ter sido
Sinto saudades dos meus risos
Das minhas dores
E dos meus amores
Sinto saudades do que não vivi
Sinto saudades do que sou e do que serei

Chove...

A chuva cai
E é como se molhasse minha alma
E o frio que lhe acompanha
Invade meu corpo trêmulo
Minha mente inquieta
Que não silencia
Que tudo quer saber
Que procura adivinhar
A chuva cai macia
E aos poucos me seduz
E me conforta
E me acalma
A chuva cai lá fora
Enquanto procuro meu rumo
Enquanto acredito e pergunto
Questiono até que me encontro
A chuva traz a certeza
Da transitoriedade
Logo cessará
E então teremos a beleza
Do forte sol a brilhar
A tudo iluminar e aquecer
Até que haja necessidade
De sua água de novo transbordar

...

O poder que tens sobre mim
Fui eu mesma que te dei
Nem sei se o pediste
Ou se sequer o quiseste
Tudo que fizeste
Fui eu que permiti
Agora com a mesma propriedade
Eu o retiro de ti
Devolva-me aqui
Não te autorizo mais a nada
Tomo posse do meu ser
Deixo, enfim, de te pertencer
Vá embora, por favor
Deixe em paz o meu amor
Devolva minha serenidade
Deixe-me esquecer o que passou
Não insista, apenas vá
Para que eu possa me perdoar

Achei que estavas aqui ao meu lado
Pensei que seguravas minha mão
Achei que era a tua voz que eu ouvia
Pensei ser a ti que eu seguia
Agora, largos passos percorridos
Eu te procuro e não te encontro
Olho para trás
Olho para o lado
E não estás
Teria eu me enganado?
Será que nunca me acompanhaste?
Estarias escondido?
E aqui eu fico
Parada e confusa
Sem saber se sigo
Ou continuo a te esperar

???

Procuro entender
A palavra não dita
O gesto não feito
Procuro compreender
O silêncio
A inércia
Tento me convencer
É apenas receio
Entre uma e outra taça de vinho
Entre traços delirantes
Enquanto sigo aqui sozinho
E vou te reinventando
Para que me queiras
O tanto que eu te quero

Recomeço

Por muito tempo eu tentei entender
O que simplesmente não tem explicação
Procurei por justificativas
Sentimentos não se justificam
Erros e acertos fazem parte da vida
Não há culpados
Nem sempre há vitória
Ou não somos os vencedores
Nada disso importa
É preciso abrir os olhos
Permitir que a vida se renove
Simplesmente confiar


Produzido em 20/07/2009