quinta-feira, 11 de março de 2010

O amor existe!

Quem me conhece sabe que, por mais independente que eu seja e goste de ser, sou a maior defensora das relações afetivas estáveis. Eu diria do casamento, mas prefiro fazer uso de um termo mais amplo porque casamento nos dias de hoje veste as mais diferentes roupagens, todas válidas. Aliás, atualmente, não se fala mais em compartilhar a escova de dentes e sim o desktop. Ficaremos com o meu ou com o seu computador de mesa? Essa é a questão da hora.
Embora eu seja a maior das defensoras das relações estáveis, sei muito bem que a vida a dois não é um mar de rosas. Até porque seria muito chato se fosse assim. Perfeição? Alguém gosta disso? Ok, ok... Meu marido vai ler isso e dar gargalhadas. Afinal, ele me acha meio perfeccionista. Mas só com certas coisas, que fique claro. Não vejo mal nenhum em querer fazer o melhor sempre.
Mas voltemos ao tema! Embora não seja tudo cor de rosa, a vida a dois é repleta de delícias. Tem coisa melhor que dormir abraçadinha em quem a gente gosta? Tem coisa melhor que acordar ao lado de quem se ama? Isso tudo sem falar nas atividades no ínterim... Joguinhos entre lençóis... Hummmm... Bom, foco, foco!
E, certamente, todos os dias, há pequenas coisas que nos lembram que o amor existe mesmo. Eu, por exemplo, tenho TOC, mania de organização extrema. Mas nada que atrapalhe muito a minha vida ou a vida alheia, né, amor? Então... Meu amado marido não pode ser classificado como alguém organizado. Na verdade, é um pouco bagunceiro. E eu, que jamais pensei que poderia conviver bem no meio da desordem, tenho me saído muito bem. Prova de que o amor existe! Afinal, é o amor que faz sermos mais tolerantes, aceitarmos as diferenças, nos adaptarmos, sermos flexíveis e continuar amando! Ele, por outro lado, deve estranhar essa história de um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar. Deve surtar quando eu tenho surtos de organização e começo a guardar tudo que vejo pela frente ou colocar fora tudo que julgo ser descartável. Não deve ver o menor sentido em ter todos os cabides da mesma cor e virados para o mesmo lado, ou em guardar as roupas dobradas no mesmo tamanho e dispostas pelos tons de cor. E, mesmo assim, continua me amando.
Tem dias que acordo cheia de disposição e quero arrumar tudo. E, confesso, arrumar as coisas e vê-las todas em ordem me dá uma satisfação danada. E, é claro, convido meu querido marido a me ajudar na empreitada. E lá vai ele, meio contrariado, me ajudar. No final das contas, acaba confessando que foi divertido. Afinal, trocamos idéias, confidências e muitos beijos nessas arrumações. E aí me lembro da cumplicidade que é parceira inseparável do amor.
No entanto, esse texto é para reverenciar o amor. A cumplicidade, o respeito, a confiança, que também são indissociáveis ao amor, ficam para outro dia, outro texto.
Tudo isso para dizer que sim, o amor existe e é belíssimo!


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