Entre os livros que estão habitando a minha cabeceira ultimamente, está o “Mulheres”, de Eduardo Galeano, da coleção L&PM Pocket.
Compartilho um dos textos do livro que me tocou pela beleza e sensibilidade.
“Conversamos, comemos, fumamos, caminhamos, trabalhamos juntos, maneiras de fazer o amor sem entrar-se, e os corpos vão se chamando enquanto viaja o dia rumo à noite.
Escutamos a passagem do último trem. Badaladas no sino da igreja. É meia-noite.
Nosso trenzinho próprio desliza e voa, anda que te anda pelos ares e pelos mundos, e depois vem a manhã e o aroma anuncia o café saboroso, fumegante, recém feito. De sua cara sai uma luz limpa e seu corpo cheira a molhadezas.
Começa o dia.
Contamos as horas que nos separam da noite que vem. Então, faremos o amor, o tristecídio.”
Para inventar o mundo cada dia – Eduardo Galeano
Nenhum comentário:
Postar um comentário