Eu gosto de animais. Já tive os meus. Quando eu era pequena e morava com os meus avós, tínhamos a Bilu e o Pitty (meu predileto). A Bilu não tinha raça definida e o Pitty era igual ao Benji, o cãozinho que encantava nas telonas e telinhas mundo afora.
Eu, com poucos meses de vida, meus pais e o Pitty no jardim da casa da minha avó |
Depois de adulta, quando morava em uma casa com pátio, tive um casal de Akitas (que, depois, deu cria e acabamos ficando com uma fêmea). Aliás, eu posso afirmar que Akitas são cachorros espetaculares, uma das minhas raças prediletas em razão de seu temperamento (talvez a minha raça predileta). E tive, também, um gato, igual ao das propagandas da Whyskas. Eu gostava muito de todos eles, mas tinha um afeto especial pelo gato. Bock era espertíssimo e carinhoso, adorava um colo e um carinho. Ensinou o Polar, o akita (que depois ensinou a Bohemia), a abrir as portas. Ele pulava e se jogava no trinco, puxando-o para baixo e abrindo a porta. Um verdadeiro barato! E todos eles se entendiam muito bem.
Quando o Polar e a Bohemia deram cria, a casa ficou repleta de filhotes de Akita. Muito fofos, muito lindos! Claro que dá um trabalho tremendo, mas é gostoso. Lembro que começaram a crescer e, então, tínhamos que vendê-los (ou doá-los), mas, a cada pessoa interessada que vinha vê-los, dava um aperto no coração…
Akitas - infelizmente não tenho fotos digitalizadas do Polar, da Bohemia e da Gorda |
Mas o meu grude mesmo era com o Bock. Estávamos sempre juntos, dormíamos juntos. Como era macho, volta e meia sumia por uns tempos. E voltava com uma cara sapeca e cheio de fome e sede. Porém, em certa ocasião essa ausência se estendeu e ele não voltava. Passaram-se vários dias e eu estava triste e preocupada. Depois de algum tempo, tiveram coragem de me contar: ele havia morrido atropelado por um carro na frente de casa. Ainda tinham tentado salvá-lo, mas não foi possível. A isso, seguiram-se muitas lágrimas e eu nunca mais quis outro gato.
Meu amado Bock |
Acabei me separando e os akitas ficaram com o ex-marido. Perdi totalmente o contato. Circunstâncias da vida.
Nunca mais tive nem cães e nem gatos. Gosto deles, simpatizo mais com alguns, mas acho injusto ter bichinhos em apartamentos. Sei que existem raças que se adaptam melhor nessas condições, mas, ainda assim, não é o ideal. Ainda mais com a vida que tenho, trabalhando o dia inteiro e cheia de outras responsabilidades. Além de viajar muito. Se eu tivesse um bichinho, não poderia simplesmente bater a porta de casa e voar as tranças.
No entanto, de alguma forma, o desejo tem aflorado novamente, depois de muitos anos. Talvez se deva ao fato de ter reencontrado o amor de uma forma muito verdadeira e estar construindo realmente um lar e uma família. Provavelmente tenha influência relevante. Entretanto, ainda não estou bem certa e isso se deve aos motivos já citados: morar em um apartamento, ficar fora de casa a maior parte do tempo, viajar bastante. Mas basta ver um gatinho para meu coração se derreter…
O gato que tocou meu coração mais recentemente em Colonia Del Sacramento no Uruguai |
Nenhum comentário:
Postar um comentário