Depois de um longo período de “seca” que já começava a me preocupar, foi retomada a produção, embora eu não saiba até quando pois não tenho esse controle… As palavras nascem quando desejam e não quando eu desejo.
Abriu os olhos e se viu no meio de um longo corredor. As paredes eram perfeitamente brancas. Não havia uma porta sequer; pelo menos, não enxergava nenhuma. Ficou confusa por alguns instantes, sem saber o que fazer. Decidiu que precisava caminhar. Olhou para frente e para trás, hesitando acerca de qual direção tomar. Optou por seguir em frente. Os pensamentos não davam descanso a sua mente. Percorreu metros e metros e metros. Nem uma porta sequer. Ou janela. Nada. Apenas aquelas paredes brancas, sem falhas, sem riscos, de um corredor estreito que parecia não ter fim. Estava ficando cansada, já perdera a conta de quanto andara. Por vezes, parecia sentir frio, mas a sensação de estar presa naquele lugar, sem encontrar uma saída, aquecia o sangue em suas veias. Estava aflita, prestes a se desesperar. Então, parou, encostou-se na parede gelada, fechou os olhos e respirou fundo, com todas suas forças, procurando se acalmar. E novamente se pôs a andar. Sabia que jamais poderia desistir, tinha que continuar e tentar.
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