Hoje, terminei de ler “Marina”, do escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón. O interesse pelo autor me foi despertado quando li “O tempo entre costuras”, maravilhoso livro de Maria Dueñas (e um dos meus prediletos, saiba mais aqui). Dueñas era referenciada como Zafón de saias e, então, como me apaixonei pelo estilo dela, imaginei que gostaria de Zafón, autor que nunca havia lido.
Zafón é autor de dois livros badalados: “A Sombra do Vento” e “O Jogo do Anjo”, mas eu não queria iniciar com nada badalado. Assim, numa visita à livraria (um dos meus programas favoritos), escolhi “Marina”, atraída pela frase contida na capa e por um trecho na contracapa, mas nada sabia acerca do livro.
Ao terminar a leitura, conclui que não consegui formar opinião sobre o livro. Talvez porque eu tenha criado muita expectativa. Talvez porque eu não soubesse que se tratava de uma obra direcionada ao público infanto-juvenil, mas que, de acordo com o autor, também se aplica ao público adulto.
Não posso negar, no entanto, que o estilo de Zafón é interessante e atrativo. Há questões interessantes no livro. Há sutileza no tratamento das relações humanas. Porém, creio que o que me decepcionou, por assim dizer, foi uma determinada parte fantástica da história, uma fantasia à beira da irrealidade. Entretanto, sabendo que o público alvo da obra poderia muito bem ser envolvido pela fantasia construída, eu deveria relevar. E também não dá para negar uma certa metáfora nessa alegoria… Enfim, como disse antes, meus sentimentos em relação ao livro são muito controversos. Realmente não consegui formar uma opinião. Em alguns momentos, fui tocada, mas em outros achei tudo muito surreal, apesar de não poder negar ter ficado envolvida de certa forma pelo suspense. A solução, creio, será dar nova chance a Zafón. Basta escolher a próxima obra. Alguma sugestão?
PS: Agora, devo iniciar a leitura de “A Elegância do Ouriço”, de Muriel Barbery. Mal posso esperar!!! Quer saber mais? Leia aqui. Depois eu conto as minhas impressões.
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